Banho afugenta os moradores de rua de albergues na cidade de Osasco

Com a chegada do frio a Secretaria de Assistência e Promoção Social de Osasco, comandada por Gelso de Lima (PT), se diz preocupada com a situação dos moradores de rua que ficam expostos às baixas temperaturas. Para isso, uma equipe formada por assistentes tem procurado convencer os moradores a irem para os albergues da cidade. Mas, um motivo tem atrapalhado a aceitação: o banho.

Para quem se candidata a passar a noite nos albergues de Osasco, a Prefeitura e a Secretaria da Assistência e Promoção Social impõem, como condição básica, a higienização e isso, segundo Gelso, tem afugentado os moradores de rua.

“Para todos aqueles que quiserem ter um abrigo e alimentação nós oferecemos um espaço, mas sempre respeitando alguns critérios, como o da higienização, que afugenta um pouco. Eles, em geral, não querem tomar banho”, explicou.



Segundo o secretário, nos períodos de inverno o número de pessoas que procuram o atendimento do SAPS aumenta consideravelmente, muitos indicam aos assistentes a localização dos moradores, mas Gelso faz uma ressalva – eles não são obrigados a ficar no albergue.


“A equipe de abordagem vai até eles, oferece o serviço, coloca no nosso transporte, leva até o albergue, mas muitos deles se recusam a ser abrigados e preferem ficar na rua. Nós estamos atentos e oferecemos o serviço. O problema é que a adesão tem que ser espontânea”, lembra.

De acordo com a Secretaria, mesmo com a dificuldade em convencer os moradores, os dois albergues existentes em Osasco estão com sua capacidade no limite. Até por isso, a prefeitura abriu mais dois espaços para atendimento, um no Centro POP e outro no CRAS (Centro de Referência de Assistência Social).

Fonte: Webdiário





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