Gás pimenta contém protesto em Operação Anti-Pirataria em Osasco

Foram apreendidas nesta quarta-feira (27) 30 toneladas de produtos piratas e sem nota fiscal, após fiscalização da Operação Anti-Pirataria, promovida pela Secretaria de Segurança e Controle Urbano, da Prefeitura da cidade de Osasco, em mais de 20 estabelecimentos comerciais no Largo de Osasco, no Centro. Houve resistência por parte dos comerciantes, e a Guarda Civil Municipal efetuou disparos de spray de pimenta nos envolvidos. O incidente não deixou vítimas.

De acordo com o secretário adjunto de Segurança e Controle Urbano, André Luiz Santiago, esta é a primeira de uma série de operações que serão feitas para o combate à pirataria em Osasco. “Ela vai ser feita em toda a cidade. Os produtos piratas ou sem nota fiscal serão apreendidos e levados para o 5° DP. Para retirar a mercadoria é preciso fazer um pedido judicial, e comprovar que o material é lícito”, explicou.

O comerciante local, Maciel Antônio da Silva, trabalha há 12 anos no Centro de Osasco, e nunca tinha sido pego pela fiscalização. “Não tenho nota fiscal, mas sou trabalhador. Isso é uma sacanagem. É o meu ganha-pão. Perdi cerca de R$ 10 mil em mercadorias. Só vou conseguir recuperar isso trabalhando”, reclamou.



A operação contou com a participação de 45 agentes da Guarda Civil Municipal. “A função da guarda é apoiar os fiscais no combate ao comércio irregular, para que o trabalho seja feito sem impedimento, ameaça e sem atentado à integridade física dos envolvidos”, disse o Subcomandante da Guarda Civil, Erivan.


A Polícia Militar também esteve presente na operação, com 15 policiais. “O material será encaminhado ao 5° DP, onde ficará por 30 dias. Se os produtos forem piratas, eles serão destruídos imediatamente”, contou o capitão Joaquim Keida, da 3ª Cia. do 14° BPM/M.

Renô Nogueira, dono de uma banca de jornal no Largo de Osasco, também teve parte de seus produtos confiscados pela operação. “Levaram adesivos, carteiras, capas de celular, tudo com nota fiscal. Tive um prejuízo de R$ 8 mil. Eles não são profissionais. Jogam tudo de qualquer jeito, de forma aleatória. Se eles levam 20 sacos de mercadorias, quando você pede para retirar, eles te devolvem apenas um. Não tem nexo”, contou o comerciante.

Na ocasião, o diretor do Departamento de Controle Urbano, Willian de Martini, revelou que pelos menos dois bares da região seriam lacrados por desrespeitarem as autuações da prefeitura, com relação às normas da vigilância sanitária. Ao todo, a operação lacrou oito estabelecimentos comerciais do Largo de Osasco.

Fonte: Diário da Região





Deixe seu comentário