Brecha na Lei pode levar Osasco a uma nova eleição

Embora o PT já tenha realizado evento comemorando a vitória de Jorge Lapas à prefeitura de municipal de Osasco, a proclamação do próximo prefeito ainda corre na Justiça Eleitoral.

Para que uma nova eleição aconteça, os partidos PTB, PSOL e PMN se pautam na resolução do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) nº 23.372, artigo 164 III. O artigo relata que “se a nulidade dos votos dados a candidatos com registro indeferido for superior a 50% da votação válida e se já houver decisão do Tribunal Superior Eleitoral indeferitória do pedido de registro, deverão ser realizadas novas eleições imediatamente”.

Levando em consideração que a soma dos votos válidos destinados aos outros cinco candidatos a prefeito foi de 230.626 e que Celso Giglio obteve 149.579 votos, o candidato Délbio Teruel (PTB) explica que é possível ter uma nova eleição na cidade.

“Se pegarmos os votos válidos dos outros cinco candidatos (230.626) e multiplicarmos por 50% o resultado que teremos é 115.313, ou seja, a votação dada a Giglio (149.579) equivale a 64,86% dos votos válidos. Ela é superior a 50% mais 1 estipulado na Lei. É nessa situação que nos apegamos juridicamente”, explicou Délbio.




O pedido para que aconteça uma nova eleição para prefeito em Osasco foi encaminhado, na semana passada, ao juiz eleitoral Samuel Karazin, da 213º Zona Eleitoral do município. O caso está agora sob análise do Ministério Público Estadual para retornar novamente para Samuel Karazin que deverá decidir a favor ou contra.

Entenda o caso

Giglio concorreu sub-judice porque aguardava julgamento de recurso pelo TSE para tentar reverter decisão anterior do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) que o enquadrou na Lei Ficha Limpa. Não conseguiu. No último dia 11 ele foi considerado Ficha Suja pelo TSE e ficou inelegível por 8 anos. Giglio teve as contas de sua gestão como prefeito em 2004 rejeitadas pela Câmara de Vereadores e pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado).

De acordo com Délbio, o tucano é o culpado pelo impasse que impede os moradores de Osasco de saberem quem será o prefeito que assume no dia 1º de janeiro de 2013.

“Nós entendemos que o grande responsável dessa situação é o próprio Celso [Giglio] que acabou peitando a Justiça e se deu mal. Ele colocou carro de som na rua dizendo que [seu eventual problema na Justiça] era mentira, mas foi comprovado o que os outros candidatos estavam dizendo. Eles falavam que quem votasse no Celso jogariam o voto no lixo. E jogaram”, finalizou o petebista.

Fonte: Webdiário





1 resposta

  1. novak 24 de outubro de 2012

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